Conheci o termo mediunidade aos 27 anos e pude definir naquela época, em uma palavra (mediunidade), que eu ainda não entendia muito, o que ocorria comigo. Assim iniciou para mim a interpretação do potencial mediúnico.
Sou intensa, perceptiva, intuitiva, sensitiva, capaz de premonições, médium. Sou sensível ao extremo e o que toca minha sensibilidade me invade por inteiro na alma, na mente, em minhas emoções, sentimentos, corpo, sentidos e, assim, eu incorporo o que me transpassa: aí eu derramo.
Vejo antecipadamente, ouço antecipadamente, sinto cheiro, sabor, toque, presença, sinto em mim. Por vezes é muito difícil saber lidar e separar o que me pertence do que me invadiu. Por isso necessito do instrumento de equilíbrio que eu chamo de mediunidade.
O que está ao meu alcance controlo e o que não controlo aprendi a sentir. Algumas vezes identifico o que mediunicamente ocorre em mim, outras vezes não. E se não consigo fazer nada mediante o fenômeno que ocorre em mim deixo passar.
Acontece também o fenômeno de incorporação de inteligências extracorpóreas, ou seja, sinais inteligentes que chegam e são organizados com profunda maestria e sensibilidade, porém, quando isto ocorre, o transe mediúnico é inconsciente.
As manifestações no teor citado acima já favoreceu um número grandioso de indivíduos que, no atendimento essencial, em prosa com essas inteligências, conseguem organizar o autoconhecimento e a arquitetura do próprio pensamento em áreas antes não identificadas.
Aqueles que já vivenciaram o Atendimento Essencial relatam que foram momentos únicos de autoconhecimento e autoaprendizagem, observando os Novos Horizontes da Sensibilidade.
Eu, particularmente, fico feliz por ter conseguido no decorrer do tempo e do aprimoramento do potencial mediúnico separar a mediunidade em mim do aspecto religioso e poder entender que ela é patrimônio da humanidade, ou seja, um sentido psíquico que só se desenvolve na condição humana.
A mediunidade em mim, como em qualquer outro médium, embora seja em todos um potencial psíquico comum, em desenvolvimento, é muito própria a cada indivíduo.